domingo, 22 de maio de 2011

Medicamentos e Gestação


Desde a década de 60, a partir das epidemias de rubéola e da tragédia da talidomida (responsáveis pelo nascimento de milhares de crianças com defeitos congênitos) , tem aumentado o interesse   pelo conhecimento, prevenção e tratamento das anomalias desenvolvidas pelo uso de medicamentos durante a gestação.
A maioria dos medicamentos não são testados em mulheres grávidas, por além de ser contra ética, que mãe vai querer testar medicamentos para saber se vai fazer algum mal para o seu bebê??...E com isso torna difícil definir previamente se o medicamento faz mal ou não ao feto.
Os defeitos congênitos ou mal formações do feto devem-se a:
* hereditariedade
* doenças maternas, como Rubéola e desnutrição
* fatores de risco, como radiação
* fatores ambientais, como poluição
* fatores químicos, como uso de medicamentos.Ex: Talidomida

Agente teratogênico:
É qualquer substância, organismo ou agente físico presente na gestação que cause alguma alteração de estrutura ou função do feto.

Os medicamentos podem interferir na gestação nas seguintes fases:

Período de implantação: nas duas primeiras semanas, da fecundação à implantação no endométrio. Os medicamentos podem atuar prevenindo a implantação do ovo ou eliminando-o (aborto). Isto acontece com altas doses de estrógeno e progesterona, por exemplo.

Período embrionário: da 2ª à 12ª semana. O embrião desenvolve-se de uma massa de células até a estrutura de fase fetal.

Período fetal: da 13ª semana até o nascimento. O desenvolvimento fetal continua até o nascimento; assim os medicamentos podem acusar alterações degenerativas em sistemas, órgãos ou mecanismos bioquímicos já formados.
O cérebro desenvolve-se mais no último mês. Assim, os medicamentos podem causar defeitos funcionais que aparecerão tardiamente no desenvolvimento intelectual e emocional da criança.
O medicamento não precisa atravessar a barreira placentária (placenta) para causar anomalias fetais, mas apenas alterar uma função do organismo fetal, como faz, por exemplo, um medicamento hipotensor.
Muitas intercorrências durante a gestação podem ser contornadas sem o uso de medicamentos, porém as doenças crônicas não. Nesse caso, é preciso avaliar o que acontecerá com a mãe e com o feto se ela não tomar o medicamento, e o que ocorrerá se ela tomar o medicamento, e é só decidir pelo seu uso ou não.
Então é ai que o RISCO X BENEFÍCIO entra em ação, em qualquer situação para grávidas ou não, o BENEFÍCIO que o medicamento irá trazer para o usuário, TEM QUE SER MAIOR DO QUE QUALQUER RISCO!!!!
Pois se a situação for contrária, a gestante pode ficar bem pior do que já está.

                                          

Este é meu tio Gonçalo Borges, tem 59 anos, e nasceu 
em Novo Horizonte no interior de São Paulo, quando minha avó estava grávida teve Rubéola e ainda naquela época não havia os recursos e informações que disponibilizamos hoje em dia. Hoje em dia é um artista plástico de grande nome, pinta quadros com a boca e com os pés, e é conhecido em várias partes do mundo. 

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Este é Daniel Ferreira, ele tem 23 anos nasceu em São Paulo, foi vítima de talidomida, também pinta com a boca e com os pés, cursa faculdade de Artes, faz o mesmo trabalho que o  meu tio Gonçalo Borges (acima). E leva sua história para várias partes do mundo.


Contato com eles: 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Álcool x Benzodiazepínicos


Os benzodiazepínicos atuam nos receptores GABA A e são capazes de estimular o cérebro e mecanismos que normalmente equilibram estados de tensão e ansiedade.
O álcool em altas doses é um depressor de muitas ações do SNC, mas também em pequenas doses atua como um estimulante do receptor GABA A.
A interação das duas drogas agem no mesmo receptor, sendo que o álcool irá estimular ainda mais os receptores dos benzodiazepínicos causando um sinergismo (potencialização) na ação dos benzodiazepínicos.

Alguns fármacos benzodiazepínicos mais utilizadod no Brasil:
* Alprazolan
* Bromazepan
* Clobazan
* Clonazepan
* Clordiazepóxido
* Diazepan
* Lorazepan

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Hipertensão Arterial.

  
O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 e 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.
A força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo corpo. Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem influência pessoal e ambiental.

O que é Hipentensão?
Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90mmHg (milímetros de mercúrio)
em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas em várias visitas ao médico.
Elevações ocasionais da pressão, podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas,alimentos, fumo, álcool e café. Isto não significa que você é um hipertensivo, pois essas alterações são apenas ocasionais.
A hipertensão se não tratada precocemente pode levar o paciente a óbito em apenas 1 ano.
Orientações que o paciente hipertensivo deve se adaptar para a melhoria de sua saúde: 

* não fumar
* restrição de sódio (sal)
* restrição de peso

Alguns fármacos envolvidos no tratamento de hipertensão:

Diuréticos Tiazídicos: Hidroclorotiazida; Clortalidona e Indapamida

Mecanismo de ação: Atuam do túbulo distal

Os diuréticos tiazídicos aumentam moderadamente a eliminação de urina e são os únicos diuréticos que tambpém agem como vasodilatadores sanguíneos, o que também ajuda a diminuir a pressão arterial.

Diuréticos de alça: Furosemida; Bumetanida, Piretanida.

Mecanismo de ação: Atuam na alça de Henle.
Os diuréticos de alça removem uma grande quantidade de sódio (sal) do organismo, porque o sal retém água do nosso organismo e quanto maior o volume sanguíneo, maior será a pressão arterial. Então os diuréticos de alça produzem o aumento do fluxo urinário e são mais poderosos do que os tiazídicos. Eles são frequentemente utilizados em pacientes com 
insuficiência cardíaca congestiva e também são especialmente úteis em emergências. Embora os mais comuns sejam por via oral, em hospitais eles podem ser adminitrados por 
via intravenosa para tratar pacientes com grande excesso de líquido.

Diuréticos poupadores de potássio: Espironolactona; Amilorida.

Mecanismo de ação: Atuam nos receptores de aldosterona e túbulos distais.
Previnem a perda de potássio, um problema dos outros tipos de diuréticos acima. Esses são frequentemente utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e são quase 
sempre prescritos em conjunto com os outros dois tipos de diuréticos acima.

Beta-Bloqueadores: Atenolol (beta 1); Propranolol (beta 2)   


Mecanismo de ação: O coração possui receptores beta, que ao serem estimulados provocam uma contração das células receptoras beta, e assim aumentando o débito cardíaco (quantidade de sangue que sai do coração). Com isso consequentemente também aumenta a P.A (pressão arterial). Então quem toma beta-bloqueadores, deixa inativo esses receptores beta no coração, e assim diminui o débito cardíaco.


Inibidores da IECA: Enalapril; Lisinopril; Captopril; Ramipril.

Mecanismo de ação: IECA são compostos que fazem parte da inibição daenzima conversora de angiotensina I em angiotensina II, e eles também inibem a degradação (destruição) de bradicinina.

Antes da angiotensina II se formar, ela era angiotensina I, mas o inibidor da IECA inibe a enzima que participa desta transformação. A angiotensina II é um vasoconstritor (diminui o tamanho do vaso), e quanto menor o calibre do vaso, maior será a pressão dentro dele e assim aumentando a pressão dentro deles e ocasionando a pressão arterial.



A bradicinina é um vasodilatador (aumenta o calibre do vaso), e os inibidores da IECA, 

inibem a sua destruição e assim aumentando a concentração da mesma no organismo.

Assim quando ocorre a vasodilatação nos vasos, ela ajuda a pressão arterial se estabilizar.

Bloqueador de receptores de Angiotensina II: Losartan; Valsartan.


Esses fármacos são empregados quando há alguma disfunção de concentração de bradicinina, então ela apenas age na conversão de angiotensina I em angiotensina II.



Bloquadores de canais de cálcio: Nifedipina; Anlodipina

Mecanismo de ação: o cálcio quando entra na célula, causa vasoconstrição, se os canais de calcio forem bloqueados vão causar vasodilatação.


Fica a dica: Se você perceber alguma alteração nos seus batimentos cardíacos, não tome medicamento sem consultar um médico, procure um posto de saúde ou uma farmácia mais próxima para aferir sua pressão, no caso de alguma alteração, consulte um médico cardiologista, só ele poderá revelar um verdadeiro diagnóstico.

                                       Cuide do seu coração!